É tempo de Starkbier!
O nome da cidade, München, vem do facto de Munique, em tempos, ter sido habitada quase exclusivamente por monges (Mönche, em alemão).
Se, em Portugal, associamos os doces conventuais aos conventos (perdoem-me o pleonasmo), aqui os malandros dos monges entretiam-se a criar e produzir cervejas.
Deixo aqui o meu agradecimento aos senhores, que sabiam muito bem aquilo que estavam a fazer.
Ora, a época de Quaresma está associada ao "jejum" e como as pessoas tinham que continuar a trabalhar (maioritariamente no campo), precisavam de obter a energia de outra forma.
Então do que é que os espertos monges se lembraram? Vá de criar uma cerveja para a Quaresma, que ajude a "alimentar" mais as pessoas!
Basicamente é uma cerveja à base de trigo, que passa por duas fermentações, o que faz com que tenha um teor alcoólico superior às cervejas ditas normais (por volta dos 10%).
Todos os anos, a partir de fevereiro/março até à Páscoa, as cervejarias organizam pequenos festivais dedicados à Starkbier.
A Paulaner am Nockherberg é aquela que muitos dizem ser a melhor. Não é tão central, por isso a maioria das pessoas que lá vão são locais. E Paulaner é sempre Paulaner...
Portanto, o que é que eu fiz? Já fui lá duas vezes!
E o que é que se bebe? 1 litro de Starkbier! Sim, até porque penso que eles nem sequer vendem 0,50 l de Starkbier, que é vergonhoso.
(pode não parecer, mas é uma caneca de 1 litro)
Desde o início percebemos que é uma cerveja com muito mais corpo que as outras cervejas, mas deliciosa! Contudo, não aconselho a beberem 1 litro de Starkbier sem comerem nada.
(optei pela venenosa Curry Wurst, que saladinhas não vão bem com Starkbier)
Para além da cerveja, na Paulaner am Nockerberg podemos experimentar o espírito do Oktoberfest (mas numa dimensão muito, muuuuito reduzida). Quando dei por mim, tinha um alemão a puxar-me para dançar em cima dos bancos!
(aqui, os ânimos ainda estavam bem calminhos)
O meu próximo passo: aprender os hits populares bávaros!
Vês as coisas que tu sabes? O Dijseelcoiso não sabe destas coisas. Mais: a estes não diz ele que só querem saber de cerveja!
ResponderEliminarPor acaso, também não sabia que a cerveja era obra dos monges. Talvez comece aqui a interessar-me um pouco mais por religião... =P
É curioso como retractas a vida alemã, é sempre bom descobrirmos blogs que nos dão a conhecer algo mais, algo que possivelmente nunca iríamos saber.
ResponderEliminarAdorei o blog, vou passar cá mais vezes! Beijinhos