22.04.2016, fanatismo post mortem
Como é de esperar, hoje meio mundo fala do Prince e partilha
músicas dele.
“De repente, todos passaram a ser fãs nº 1 do Prince.”
Se, por um
lado, acho um pouco absurda esta súbita adoração por um artista quando ele
morre, por outro, acho natural que assim o seja. Eu, pelo menos, não ouço sempre a
mesma música todos os dias. Gosto de muitas bandas mas, como é óbvio, não passo
os meus dias a idolatrar os artistas que admiro. O mesmo se aplica a actores,
escritores… Se alguém que idolatro morre, não é assim tão estranho que fale
disso e que partilhe algo sobre isso. E isso não significa que só me lembre dessa
pessoa porque morreu.
Mas depois temos o outro lado da moeda… Pessoas que
correm a comprar todos os álbuns/livros/filmes e mais alguns (como se nunca
mais fossem ter acesso aos trabalhos dessa pessoa), que partilham 1001 vídeos e
artigos e que escrevem textos muito sentidos (que terão sido
escritos enquanto acabavam com mais uma caixa de Kleenex)… Deste grupo de
pessoas, acredito que 90% (ou mais) nem sequer conhecia minimamente o trabalho
do falecido. No entanto, post mortem só lhes falta colar um poster na parede do
quarto e vestir uma tshirt temática. Isto sim, acho ridículo… e cansativo, que 2016 tem sido bastante
mortífero ao nível das superstar. Pelo menos façam alguma pesquisa prévia, antes de desatarem a mostrar o fanatismo agudo. Ou não, que assim vamos tendo alguns motivos para rir com as calinadas que vão dando por aí.
A minha opinião relativamente à adoração pós-morte dos artistas vai muito de encontro àquilo que aqui expuseste! (:
ResponderEliminarBeijinho*